Por Luis Eduardo da Silva Costa, estudante de graduação em Oceanografia pela Universidade Federal do Maranhão
Um dos maiores problemas com cnidários são os acidentes relacionados aos mesmos, quando eles por algum motivo vão parar na areia da praia acabam virando os vilões causadores das temidas “queimaduras”. Os cnidários são responsáveis por cerca de 25% dos acidentes com animais marinhos, esses acidentes acontecem por meio dos tentáculos portadores de células microscópicas chamadas nematocistos que soltam toxinas que causam o envenenamento.
Um dos maiores problemas com cnidários são os acidentes relacionados aos mesmos, quando eles por algum motivo vão parar na areia da praia acabam virando os vilões causadores das temidas “queimaduras”. Os cnidários são responsáveis por cerca de 25% dos acidentes com animais marinhos, esses acidentes acontecem por meio dos tentáculos portadores de células microscópicas chamadas nematocistos que soltam toxinas que causam o envenenamento.
Das 26 espécies de cnidários encontradas no Brasil apenas 5 são consideradas perigosas, são elas:
Figura 1 Tamoya
haplonema: cubomedusas
Figura 2 Chiropsalmus
quadrumanus
Figura 3 Olindia
sambaquiensis
Figura 4 Physalia
physalis
Figura 5 Chrysaora lactea
No verão de 2011/2012
no estado do Paraná houve um surto de cnidários causando a interdição de
trechos de algumas praias ao longo do litoral, chegando até em um único final
de semana serem registrados mais de 3.600 casos de acidentes relacionados a
esses animais. Já em Pernambuco foi feito um estudo levantando dados sobre os
acidentes com os cnidários, entre outubro de 2001 e abril de 2002 com arquivos
de hospitais, postos praieiros e grupamentos salva-vidas. O estudo mostrou como
alguns pontos para o atendimento das vítimas ainda não dispunham de local
apropriado, por outro lado pontos de atendimento como o Grupamento dos
Bombeiros Marinhos e o CEATOX dispunham de bons materiais e instalações para
assistência no salvamento e resgate das vítimas. Outro quesito que o estudo
levantou foram entrevistas com profissionais que trabalham naquela área, onze biólogos, dois médicos dermatologistas,
dois salva-vidas, um mergulhador e um pescador e uma das perguntas foi “Ao ser atacado por um
cnidário, o que fazer?”
Isso sinaliza que boa parte desses profissionais está
seguindo recomendações corretas sobre o que fazer perante os acidentes, como
lavar com agua de mar gelada e/ou vinagre. Com isso vão surgindo medidas para
tentar solucionar os problemas com acidentes, como trabalho educativo e mais
informação para os banhistas que frequentam áreas com índices de acidentes, esse
trabalho seria uma parceria dos postos de atendimento nas praias juntamente com
a população para que o número de ocorrências diminuísse.
REFERÊNCIAS
HADDAD JR V. Atlas de animais aquáticos perigosos
do Brasil: guia médico de diagnóstico e tratamento de acidentes. São Paulo:
Rocca; 2000.
HALSTEAD BW, AUERBACH PS, CAMPBELL D. A Colour
Atlas of Dangerous Marine Animals. London: Wolfe Medical Publications; 1990.
NEVES, RICARDO F.; AMARAL, FERNANDA D.; Steiner,
Andrea Q. Levantamento de registros dos acidentes com cnidários em algumas
praias do litoral de Pernambuco (Brasil) Ciência & Saúde Coletiva, vol. 12,
núm. 1, janeiro-março, 2007, pp. 231-237.
Nenhum comentário:
Postar um comentário