domingo, 26 de abril de 2015

Características gerais da morfologia da caravela (Physalia physalis)

Por Marina Gonçalves Soares, estudante de graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão

          A caravela-portuguesa não é uma água-viva e sim, um sifonóforo. Você sabia que ela é uma colônia? Pois é, a Physalia physalis é uma colônia de pólipos altamente especializados, cada um com a sua forma e função. Nesta colônia existem quatro tipos de pólipos:

  • O pneumatóforo é um pólipo em forma medusóide (semelhante a uma bexiga de ar) e funciona com uma “boia” para a colônia;
  • Os gastrozoóides são os responsáveis pela alimentação da colônia;
  • Os dactilozoóides são as estruturas nas quais os tentáculos se fixam; e
  • Os gonozoóides que são as estruturas reprodutivas. 

        A Physalia não tem movimentos natatórios e se desloca através da corrente do mar e dos ventos. Seu pneumatóforo é o responsável pela flutuação e também por dar direção já que a sua crista tem movimentos próprios. Os tentáculos, os quais estão cheios de baterias de nematocistos, tem a função de capturar as presas imobilizando-as com o seu veneno e levando-as até os gastrozoóides que são responsáveis por digeri-las.

 A Physalia é um animal dióico, ou seja, possui sexos separados. Cada gonozoóide contém gonóforos masculinos ou femininos, mas pouco sabe-se ainda sobre como ocorre a reprodução destes animais. 

REFERÊNCIAS

BRUSCA, R. C. BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.
INVERTEBRADOS, Manual de aulas práticas, Cibele S. e Rosana Moreira, Ed. Holos. 2002.
RUPPERT, E. E.; BARNES, R.D. Zoologia dos Invertebrados. 6 ed. São Paulo: Ed. Roca. 1996


domingo, 19 de abril de 2015

Características gerais do Filo Cnidaria

Por: Liliane Ravena, estudante de graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão

     O filo Cnidaria é um dos mais intrigantes grupos de animais aquáticos que conhecemos. Esses animais tem uma característica muito importante que é formar colônias. Em sua maioria apresentam dois tipos de formas corporais radialmente simétricas circundadas por tentáculos: polipóide e medusóide, o que pode torná-los sésseis ou de vida livre, vivendo na região pelágica ou bentônica do mar e alguns são de água doce. A parede corporal consiste em uma epiderme externa, uma gastroderme interna e uma substância interposta chamada mesogléia que dá o aspecto gelatinoso.

Formas corporais dos cnidários. (Ruppert&Barnes, 1996)


     Antes eram conhecidos por celenterados (do grego, koilos, “cavidade”; enteron, “intestino”) reconhecendo que o intestino era a única cavidade corporal desse grupo, porém mais tarde foi constatado de que se tratava de indivíduos diferentes, logo após separaram em dois grupos: Ctenophora (do grego ktenes, “pente”; phoros, “portador”) e Cnidaria (do grego knidos, “urticante”; do latim aria, sufixo plural). Esse filo é dividido em 4 classes que distribuem animais como anêmonas do mar, águas-vivas, hidras, entre tantos outros, inclusive uma classe que está extinta. Vejamos a seguir a classificação dos animais existentes desse filo:
Classe
Anthozoa
Cubozoa
Hydrozoa
Scyphozoa
Animal
Anêmonas do mar e corais
Vespas marinhas
Hidras e caravelas
Águas-vivas

     Em relação à nutrição, são carnívoros e se alimentam do zooplâncton (pequenos crustáceos, peixes menores ou matéria particulada simples) que na maioria são levados até a boca pelos tentáculos que agarram a presa através da descarga de toxinas. Apesar de possuírem o corpo bastante frágil, esses animais muitas vezes apresentam perigo para os humanos devido à toxicidade desse veneno que se encontra nos nematocistos. Os nematocistos fazem parte da célula que dá origem ao nome do filo, o cnidócito. O cnidócito apresenta o nematocisto que armazena o veneno e o cnidocílio que permanece do lado exterior da célula no corpo do animal fazendo uma espécie de “gatilho” ao entrar em contato com a presa. Essa célula é encontrada em todo o corpo do animal, porém mais abundante nos tentáculos e ao redor da boca. 

 
Representação do nematocisto sendo ativado. (Ruppert&Barnes, 1996)

O projeto Physalia trabalha com a caravela-portuguesa, Physalia physalis, do grupo Hydrozoa e da classe dos sifonóforos. Esse animal é muito encontrado em mares de águas tropicais, inclusive em nossas praias. O contato de seus tentáculos em humanos gera envenenamentos que muitas vezes é mais conhecido como “queimaduras”. Em caso de acidentes, lavar a área atingida com vinagre ou água salgada do mar, nunca com água doce. Evite pegar o animal com as mãos nuas. Recorrer a um posto médico o mais rápido possível.

Curiosidades:

Na literatura britânica, os cnidários mereceram até mesmo uma história no premiado livro do detetive Sherlock Holmes em “The Adventure of the Lion's Mane”, na série “The Case-Book of Sherlock Holmes” do brilhante autor Arthur Conan Doyle. Durante a investigação de um misterioso assassinato, ao se deparar com um exemplar de Cyanea capilata, Sherlock Holmes subitamente desvenda o mistério, associando as últimas e supostamente enigmáticas palavras proferidas pelo moribundo, logo antes de morrer, à designação popular da verdadeira culpada, a medusa lion’s mane, em inglês, literalmente, juba do leão.

REFERÊNCIAS

BRUSCA, R. C. BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
RUPPERT, E. E. BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. 6ª Ed. São Paulo: Roca, 1996.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Quem somos nós

Estagiários do Projeto Physalia

(Clique na imagem para ampliar)

Aline Duarte - 8º período Ciências Biológicas
Brenda Izidio - 8º período Ciências Biológicas
Camila Pires - 4º período Ciências Biológicas
Carlos Augusto - 7º período Ciências Biológicas
Catherine Rios - 2º período Ciências Biológicas
Eduardo Costa - 7º período Oceanografia
José Uilian - 8º período Ciências Biológicas
Liliane Ravena - 4º período Ciências Biológicas
Luann Brendo - 2º período Ciências Biológicas
Marina Soares - 2º período Ciências Biológicas
Mayana Mendes - Mestranda em Saúde e Ambiente
Meydson Benjamin - 3º período Ciências Biológicas
Raynara Carvalho - 2º período Ciências Biológicas
Sarah Dutra - 3º período Ciências Biológicas

Projeto Physalia no Orla Viva Maranhão

No dia 21 de março o Projeto Physalia integrou atividades de educação ambiental na Associação Ambiental Orla Viva Maranhão. A ONG recebia a visita de crianças do 13º Grupo Escoteiro do Mar Norberto Pedrosa que participavam de uma programação elaborada por líderes do grupo. 
Nós explicamos para os meninos e meninas sobre a biologia do animal, seu comportamento, alimentação e funcionamento da colônia. E os pequeninos interagiram muito na atividade: quase não demos conta de responder a todas as perguntas, indagações e curiosidades das crianças de tão ágeis que eram! Rsrsrs


O Projeto Physalia - Ao centro, o professor coordenador, Jorge Nunes.




Os estagiários explicam sobre a biologia das colônias de
Physalia physalis

A equipe do Projeto Physalia cresceu!

O Projeto Physalia parabeniza seus novos membros aprovados pra estagiar conosco. Alunos do curso de graduação em Ciências Biológicas  da Universidade Federal do Maranhão, os novos estagiários (as) já estão atuando nas atividades do Projeto - coletas de dados em campo, reuniões de planejamento, seminários para a graduação, grupo de trabalho (onde são estudados e discutidos artigos científicos e outras publicações como referências) e muitas outras ideias que estão por vir. 



Da esquerda para a direita - José Uilian, Camila Pires, Liliane Ravena, Brenda Izidio (veterana do Projeto Physalia), Aline Duarte (veterana do Projeto Physalia), Luann Brendo, Catherine Rios, Marina Soares, Raynara Carvalho. Além desses, agora também fazem parte do Projeto Physalia Meydson Benjamin e Sarah Dutra.